Toda hora ouvimos como cada um é diferente, como cada um tem seus defeitos e qualidades; repetimos isso com convicção a todo instante. Mas será que nosso comportamento reproduz essa ideia? Por que essa necessidade de dar nome às diferenças?
A criança um pouco mais agitada é hiperativa, a pessoa com um pouco menos de auto-controle é louca, a mulher fora dos "padrões de beleza" (claramente impostos pela mídia/sociedade) é feia... os exemplos são muitos, mas a questão é a mesma - por que tanta necessidade de julgar as diferenças, se o que nos torna humanos são as semelhanças?
A sociedade tem essa necessidade de dar nome a todos os comportamentos/atitudes considerados "anormais" para desta forma, isolar os seres "normais" num mundo "mais seguro", no qual todos agimos como robôs, temos nosso comportamento totalmente previsível e controlado. Afinal, é muito mais fácil controlar o uniforme.
Temos que aprender que não é porque nos dizem "respeite as diferenças" que temos de respeitá-las, temos que respeitá-las porque respeitar as diferenças é respeitar a nós mesmos. Além de respeitar pelas diferenças, temos de respeitar também pelas semelhanças, afinal compartimos de muitas coisas que nos fazem seres humanos - todos nós buscamos a felicidade: não atrapalhe o outro na sua busca, ou melhor, ajude-o quando possível.
Julgar menos os outros e mais nós mesmos é um conselho saúdavel. Assim quem sabe você encontra a sua felicidade em si, invés de encontrá-la na tristeza do outro.
["Bright lights flashing to cover up your lack of soul
Many people, so many problems, so many reasons
To buy another round, drink it down... " Jack Johnson, Rodeo Clowns]