quinta-feira, 21 de julho de 2011

...parece ser, é? parece!

 To extremamente ancioso para minha viagem e não consigo dormir então me desculpem se não tiver bem escrito ou confuso.

 Recentemente conversei com meus amigos sobre o que cada um pensava/via no outro alguns anos atrás, quando nos conhecemos e estudávamos juntos. É engraçado saber o que as pessoas pensavam de você, porque com o tempo crescemos, mudamos e como estamos mais longe, podemos olhar para quem éramos e realmente saber quais eram nossos defeitos/virtudes e apartir disso fazer comparações. Será que o que pensavam de você é realmente o que você era? Será que os defeitos que os outros viam em você eram realmente os defeitos que você tinha?
 A minha experiência foi que, curiosamente, todos me viam da mesma maneira e eu, olhando para trás agora e vendo quem eu era, lembrando dos meus medos, vergonhas e sentimentos em geral, pude perceber que o que eu realmente era não estava nem próximo do que os outros pensavam de mim. É incrível como podemos, involuntariamente, passar impressões totalmente diferentes do que somos/sentimos. A verdade é que palavras são delicadas, uma frase pode significar mais que milhões... especialmente quando ela é ruim. Alguém pode dizer 1823098 vezes "te amo", mas basta um "te odeio" para que a pessoa não se lembre deles.
 Voltando a minha experiência o que aconteceu foi que me disseram que eu me "achava" (tentava me fazer parecer melhor) por saber inglês, o que de fato não é verdade, o fato é que eu tinha muita vergonha de se quer falar inglês ou mencionar o fato de que eu falava fluentemente. Por mais que alguns desses meus amigos leiam isso e pensem: "não ele realmente se achava", a verdade é que por mais que pudesse parecer assim, não era o que de fato acontecia, eu aliás vejo o meu eu daquela época com muito mais defeitos e esse não é um deles...
 As vezes analisamos os outros tomando mais em conta nós mesmos do que a própria pessoa a ser analisada. As impressões que temos apartir destas conclusões as vezes são fortemente marcadas, de forma que tomamos aquilo como realidade, mesmo que tenha sido fruto de uma análise não muito fiel. Por isso sempre tentei falar o mínimo possível dos outros, pois os mesmos defeitos que você vê neles, eles podem ver em você. Aparências são mesmo traiçoeiras, o melhor a se fazer é observar e tentar não parecer igual, mas a verdade é que sempre vão encontrar algum defeito, por mais que aquele não seja um defeito realmente seu. Ninguém é perfeito, ao menos não aos olhos de todos.
 O que pensamos dos outros e o que os outros pensam de nós é, de fato, um mistério. Por mais evidente que possa parecer, a verdade pode ser exatamente o oposto, isso é o que torna a psicologia tão intrigante...
 As pessoas que aparentam ser as mais fortes podem ser as mais fracas e vice-versa. Nem tudo é o que parece, nem tudo parece o que é...

Nenhum comentário:

Postar um comentário